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Adalberto, se me permite, aproveito para compartilhar um poema que, em alguma medida, conversa com o teu artigo:

https://open.substack.com/pub/rafaelgobbo/p/folhas-de-outono?r=szic&utm_campaign=post&utm_medium=web&showWelcomeOnShare=true

Folhas de outono

Douradas, ocres, rubras e castanhas, as folhas ressequidas

Suavemente desprendem-se dos galhos retorcidos;

O vento gelado só é abrandado quando os corpos,

Inertes de frio, aquecem-se à terna luz do Sol.

Decadência muda e implacável a se aproximar

Sorrateiramente, invadindo as pobres almas

De melancolia e tédio, melancolia e tédio...

Perecimento dos sentidos e desejos...

Enfim, não é outono apenas lá fora...

É outono aqui também...

Outono em mim.

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